terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Grupo Pentagram


O grupo Pentagram é uma referência tanto na sua capacidade criativa e de inovação quanto ao seu diferenciado modelo de gestão. O video apresentado expõem com uma enorme clareza o que é o Grupo Pentagram e quais os seus métodos. Uma história que iniciou durante os anos 70 na Inglaterra, e acabou influenciando escritórios no mundo inteiro.

O Estúdio Pentagram foi fundado em 1972 por Alan Fletcher, Theo Crosby, Colin Forbes, Kenneth Grange e Mervyn Kurlansky em Needham Road, Oeste Londrino, Inglaterra, mas actualmente possui escritórios em Londres, Nova York, São Francisco, Austin e Berlim.

O estúdio foi concebido através de uma colaboração interdisciplinar entre diferentes designers, que, actualmente, trabalham em conjunto e encontra-se dividida em 17 partes iguais entre 17 sócios.

Em 1979, Colin Forbes formou o escritório de Nova York, agregando os designers gráficos Peter Harrison e Woody Pirtle como sócios.

Em 1991, Michael Bierut e Paula Scher, designers gráficos e James Biber, arquitecto, entraram como sócios em Nova York. Neste mesmo ano, o escritório mudou-se para um edifício na 204 Fifth Avenue, onde continua até hoje. Agora, nesta sede, encontram-se, ao todo, sete parceiros, incluindo Biber, Bierut, Scher, Michael Gericke, Abbott Miller, Luke Hayman e Lisa Strausfeld, uma designer de novas mídias.

Em Londres, os sócios fundadores, David Hillman e John McConnell saíram da sociedade, deixando a segunda e terceira geração no controle da sede de Needham Road. John Rushworth, Daniel Weil (designer de produtos), Angus Hyland, Justus Oehler, Harry Pearce, Dominic Lippa, juntamente com o arquitecto Lorenzo Apicella e William Russell agora compõem o escritório de Londres.

Em Austin, e em São Francisco, as sedes da Pentagram são escritórios de “um homem só”, liderados, respectivamente por DJ Stout e Kit Hinrichs.

A Pentagram trabalha com design gráfico, identidade, arquitectura, design de interiores e design de produto. Já desenvolveram embalagens e produtos para empresas reconhecidas mundialmente, como a Tesco, Boots, 3Com, Swatch, Tiffany & Co, Dell, Netgear, Nike e Timex. O escritório também foi responsável pelo branding do grupo Citibank, United Airlines, e Co-operative, marca do Reino Unido, cuja identidade garantiu prata para a Pentagram no prémio Design Business Association. Em 2007, a Pentagram atualizou a identidade visual da Saks Fifth Avenue. Além do trabalho de design gráfico, a empresa cria projetos arquitectónicos e de interiores, entre eles, o museu da Harley-Davidson, as lojas Alexander McQueen, Citibank, a Adshel e Clear Channel.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

uma campanha

Apesar de todos os dias sermos invadidos por publicidade, por imagens, por slogans o design de comunicação parece passar despercebido ao comum dos mortais, não pensam realmente que aquele folheto, aquela campanha foi projectada e é um produto tão sólido como um objecto do quotidiano. Contudo o design de comunicação é uma "arma" muito poderosa quando o objectivo é criar impacto, transmitir uma mensagem.
Uma boa campanha é aquela que provoca uma reacção no espectador, apesar de ser uma frase bastante utilizada e pouco original tenho que a empregar: uma imagem vale mais que mil palavras e uma boa campanha resume-se a este facto, uma imagem que nos transmite um sentimento, uma ideia ou conceito, que a sua interpretação é imediata e fica gravada na nossa memória, tal como uma pequena frase, o slogan resume a emoção do anuncio.
Apresento agora uma campanha que não podia estar mais actual, fala-nos do ambiente tema em voga já à alguns anos. Estas imagens, na minha opinião, são fortes e eficazes:


Esta campanha foi feita para a World Wildlife Fund. À medida que o papel acaba, o verde da América de Sul também vai embora, simbolizando o impacto ambiente que o uso de simples toalha de papel é capaz de provocar, além de alertar para outros desperdícios que podem levar ás mesmas consequências.


"Veja quando monóxido de carbono você deverá de emitir se não dirigir por um dia."
Essa mensagem que aparece na gigante nuvem preta presa ao cano de escape de um carro depois de passar o dia a ser cheia pelo fumo produzido pelo automóvel.



Neste anúncio, as árvores foram posicionadas para parecer pulmões. A área desflorestada é um alerta, e a frase no canto diz: "Antes que seja tarde demais."


Diesel, a fabricante italiana de roupas, colocou, no fim de janeiro, propagandas em jornais, revistas e outdoors que traziam modelos a posar com roupas da marca num mundo afectado pelo aquecimento global. Nas fotos acima, consegue ver o Cristo Redentor coberto de água até os pés e Nova York praticamente submersa.

Apesar de existir muitos outros exemplos tão fortes como estes espero que sirvam dois propósitos: consciencializar os "curiosos" do meu blog encorajando a que estejam atentos a este assunto. E em seguida para evidenciar o papel do design de comunicação na sociedade, este tem o potencial para alertar para determinados assuntos, ou até mesmo criar um impacto forte de chocar.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

001 - Teclado virtual


"Agora pode sentir-se uma personagem num filme de ficção científica de cada vez que bater um texto a computador..." apresento o teclado virtual.
Este novo aparelho, pouco divulgado, é um pequeno sensor que projecta um teclado virtual é um tipo de projecção holográfica, de 63 teclas com, aproximadamente, 29.5cm por 9.5cm. Este sensor detecta a luz reflectida das teclas, estas que são sensíveis ao toque e podem fazer um som ao serem premidas, enviando via Bluetooth e em tempo real toda a informação para o computador, telemóvel ou qualquer outro dispositivo compatível.
Este pequeno módulo detecta até 400 caracteres por minuto, um pouco menos que os teclados convencionais, mas não afecta o seu bom desempenho. A bateria do projectos tem uma capacidade de 2 horas em utilização. É mais direccionado para o viajante do que uma alternativa ao computador que tem em casa, contudo é um forte complemento aos telemóveis e PDA's. A acrescentar, este aparelho pode facilitar pessoas com dificuldades motoras perante os teclados pequenos (telemóveis, PDA's, etc.).
O preço terá de ser avaliado perante a necessidade de cada pessoa, mas ronda os 140€.

Nova rubrica!


Durante algum tempo coleccionei uma e apenas uma folha de uma revista, a revista ÚNICA do Expresso. O que tinha esta página de especial? Continha 3 ou 4 pequenos artigos sobre novos objecto no mundo do design, novas tecnologias ou mesmo brinquedos novos que se relacionam com uma evolução do design e da sociedade. Pela primeira vez vou abrir a minha pequena colecção aos "curiosos" do meu blogue pois acho pertinente já que o tema é: DESIGN!
Esta colecção foi desenvolvida entre o ano de 2004 e 2005 e todos os objectos apresentados são dessas datas. Com esta nova rubrica pretendo dar a conhecer algum objectos ou reavivar a memória do princípio de outros objectos que já se encontram em circulação e ao fim de 4 anos são banais ou mesmo foram ultrapassados, mas acredito que a originalidade de alguns artigos vai surpreender.

Espero conseguir publicar todas as semanas um artigo que o surpreenda e motive esta paixão: o design.


sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Telefones velhos?




"Dreyfuss, um dos membros do grupo da era "aerodinâmica" prestava grande atenção à facilidade de utilização dos produtos e preocupou-se sempre como o conforto do utilizador. Isto era evidente no seu trabalho de designer para clientes tais como a Sears, a Westclox, a Hoover e a John Deere. Se a maior parte das suas criações seguem a estética curvilínea dominante da época, pode-se também dizer que ofereciam benefícios adicionais, permitindo ao utilizador apreciar a sua comodidade. Preocupado como o conceito de que os conceito de que os produtos deviam ser concebidos "de dentro para fora", Dreyfuss recusou o trabalho de concepção de um novo telefone quando soube que não poderia consultar os engenheiros responsáveis pelo desenvolvimento do projecto. Esta relutância em abdicar dos seus principios orientadores deu os seus frutos quando a Bell Telephone Corporation insistiu em que ficasse com o trabalho. O resultado deste colaboração foi o telefone "Tipo 300", ainda hoje um símbolo. Dreyfuss e a sua equipa desenvolveram a forma a partir de estudos das dimensões da mão e da cabeça, tendo em conta a sua configuração interna e a mecânica. Não podiam alegar ser os primeiros a juntar o bocal ao receptor num único aparelho, uma vez que isto já acontecia desde 1930, mas introduziram outras inovações, tal como a colocação de algarismo dentro dos orifícios para os dedos, o que proporcionava uma maior clareza e facilidade de utilização. O modelo 300 foi produzido em baquelite preta a partir de 1937 e demonstrou a sua popularidade e versatilidade permanecendo em produção até 1950. Foi trabalhando em projectos como este que Dreyfuss desenvolveu as ideias e os processos sobre os quais assenta a sua filosofia e a sua concepção do design. Expô-los finalmente no seu célebre livro de 1959 - The Measure os Man, que ajudou a definir os métodos para os designers integrarem a investigação antropomórfica e ergonómica na sua obra." - in Público

E agora...


O artista Jean-luc Cornec deu uma nova utilização aos telefones antigos, apropriou-se destes aparelhos e deu-lhes uma nova utilização, talvez apenas arte... Estas ovelhas encontram-se no Museu de Comunicação de Frankfurt.

sábado, 14 de novembro de 2009

in Público 001 . Christopher Dresser

Açucareiro (1873) - Christopher Dresser

“Considerado como o primeiro designer industrial profissional da Europa, Christopher Dresser, concebeu uma variedade de objectos e de motivos decorativos ao longo da sua carreira de cinquenta anos.(...) Dresser estudou botânica e escreveu livros sobre decoração, defendendo simultaneamente a ausência de decoração em alguns objectos por razões de pureza e de elegância formal. Um dos seus primeiros modelos de utensílios de metal, este espantoso açucareiro de três pernas aparece nos seus cadernos de esboços em meados dos anos 1860 e foi fabricado pela empresa de Birmingham, a Elkington & Company. A forma cónica ilustra a tendência de Dresser para a simplicidade adquirida, em parte, do seu estudo dos utensílios de metal japoneses. O seu livro Principles of Decorative Design, publicado em 1873, apresenta uma visão mais pormenorizada. Este manual para o aspirante a artesão foi também utilizado pelo autor como meio de expor as suas teorias sobre a importância da “adequação á utilização” e da “economia de matérias”. Esta última explica as duas ranhuras à volta da parte superior do açucareiro, as duas linhas paralelas reforçam a parte superior do cone, o que significa que pode ser fabricado com uma folha de prata mais fina, poupando custos quer do fabricante quer para o consumidor. No livro, Dresses explica ainda a forma das pernas do seu açucareiro em termos puramente funcionais. Insatisfeito com as pequenas pegas aplicadas a muitos açucareiros, que obrigavam à colocação do polegar no interior, e convencido que o cone era a forma acertada para separar o açúcar em pó dos cubos, Dresser propôs três pernas que segurariam o cone e serviriam de asas. A aparência das pernas e dos pés, semelhante aos de um boneco de banda desenhada, confere um charme muito especial à peça que assegurou a sua sobrevivência. Em 1991, a empresa italiana Alessi, que produz uma reprodução em prata da peça, agora com duas pernas, lançou os modelos em resina de cor como que desafiando os 130 anos do modelo." - in Publico, "Design 1000 objectos de culto"

Façam design

O professor chega apressado à aula, entra e deixa uma pilha de jornais em cima da secretária e diz: "Façam design!!!Volto daqui a uma hora, perguntas só no final!"
Enquanto fazia de modelo para o trabalho de uma colega (um vestido) pensava no que havia de fazer...




...este foi o resultado!Uma composição de palavras dirigidas ao professor, para conseguir interpretar basta seguir as palavras assinaladas: "Professor, atenção máxima! Está na hora certa...nos últimos minutos! O que lhe sucedeu? Alegria sofrida...deixe-se contagiar! Adeus

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Bauhaus



1919: a Março deste ano surge a mais famoso escola de design e arquitectura - Escola Bauhaus, em Weimar. Projecto que nasce pelas mãos de Walter Gropius, presidente da instituição durante um período onde concretiza o seu sonho de "obra de arte total", união das artes e dos ofícios. Esta instituição surge da fusão de outras duas, uma para o ensino das artes e outra virada para o ensino dos ofícios.

"Não há diferença entre o artesão e o artista, mas todo o artista deve necessariamente possuir competência técnica." - Walter Gropius

1925: A instituição foi banida de Weimar por um governo conservador (cortaram os subsídios obrigando a mudar de localidade). Nasce, então a Bauhaus em Dessau com a sua famosa sede modernista projectada por Walter Gropius.



1928: marca a saída de Walter Gropius de direcção e a sua substituição pelo arquitecto suiço Hannes Meyer - investiu no mobiliário de madeira, sendo mais barato, simples e desmontável e nos papeis de parede.

1930: a escola passa a ser dirigida pelo arquitecto Mies van der Rohe.

1933: a escola é oficialmente fechada pela pressão nazi contra os ideias da instituição, após uma tentativa frustada de recomposição em Berlim em 1932.

1937: a perseguição nazi aumentou obrigando a emigração forçada dos professores da escola, este facto é decisivo na difusão dos ideias da Bauhaus pelo mundo todo.

Nos nossos dias: a Bauhaus de Weimar é escola superior enquanto a de Dessau abriga a Fundação da Bauhaus.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Stop Motion - O encontro

Stop Motion (apenas com 8 fotografias)


de Teresa Almeida Braga
(ligue o som)

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Cadeira Thonet ou modelo nº14


"Elegante e sóbria, trata-se, realmente de um "clássico" clássico". - in Público



A cadeira Thonet nasceu em 1859 na cidade de Viena de Áustria pelas mãos de Michael Thonet. Não é apenas uma cadeira é um objecto de culto, com 150 anos de vida continua a ter uma presença significativa nos nossos dias, conquistou geração após geração com a sua simplicidade, funcionalidade e elegância.

A cadeira Thonet ou modelo nº 14 como também é conhecida, é um ícone da revolução Industrial, uma referência quanto à eficácia de produção e de comercialização. O estatuto que adquiriu deve-se a três aspectos fundamentais: a técnica aplicada, isto é, o processo de aquecimento e molde da madeira para conseguir o formato curvilíneo. O facto de ser desmontável facilita e economiza do e seu transporte, num caixote de 1 metro cúbico cabem 36 cadeiras Thonet. Como exemplo de expoente máximo da revolução industrial este objecto é pioneiro na produção em massa. Logo o que distingue esta cadeira não é apenas a sua forma, leveza ou material, mas sim a nova filosofia de fabrico que representa.
Nos dias que correm já existem enumeras variações do modelo nº14, outras cores, outros materiais, etc., mas é sem duvida um original de sucesso.

"Pela elegância da concepção, pureza da execução e eficácia da utilização, nada melhor foi feito até hoje". - Le Corbusier